sábado, 2 de outubro de 2010

gente que faz....bolsa de plástico

Greice de Barba.

O trabalho começa já na hora de conseguir as sacolas…
Na hora de recolher não importa a cor, tamanho e nem se está com alças e o fundo inteiro. Depois de conseguir um bom número é que faço uma seleção por semelhança de estampas, cores, tamanhos…
Feito isso, é hora de fazer a linha e o resultado é esse.


Com os novelos de linha prontos, utilizo uma agulha de crochê normal, com uma ponta grossa como as que são utilizadas para barbante. O resultado de um ponto básico é este:


Depois de feito o crochê, o plástico fica extremamente maleável, macio e resistente.

Com esta trama podemos criar bolsas ecológicas (totalmente sustentáveis), tapetes, pufes, almofadas, forro de sofá, cortina…. ai não tem limite…basta usar criatividade.

A HISTÓRIA:

Batizada de “Viemos do BARRO. Vivemos do PLÁSTICO”, teve origem quando a partir do meu gosto por fazer crochê busquei uma linha diferente das convencionais. Ao iniciar uma bolsa ecológica com esta técnica fiquei encantada e veio uma vontade de divulgar isso, de não guardar comigo apenas.

Foi então que fiquei sabendo do Salão de Artes da Fiema Brasil que ocorreria em outubro de 2008. No salão participariam apenas artistas convidados. Mas descobri quem era a curadora e me apresentei, falei do meu trabalho e ela adorou. Disse que me daria um voto de confiança e que era para eu criar algo especialmente para o Salão.

De início eu pensei em fazer um pufe enorme para as pessoas poderem sentar. Mas no fundo essa idéia não me agradou.

E em uma noite, naqueles minutinhos antes de dormir enquanto nossa mente viaja e pensa em tudo e mais um pouco, me veio a imagem de um DNA. Eu já estava praticamente dormindo, mas deu tempo de escrever um lembrete no meu celular escrito “DNA” que apitou no dia seguinte. Foi o meu momento eureka!

Fiz então várias relações. Desde que nascemos, utilizamos plásticos e embalagens em geral todos os dias, em tudo quanto é ocasião. Ou seja, a necessidade de consumir embalagens já nasce conosco e nada melhor pra mostrar nossa essência que um DNA.

Só que era uma estrutura complexa demais para eu fazer em pequena escala.

Comecei a divulgar e-mails para amigos me ajudarem a recolher sacolas. Saiu até em colunas sociais o meu S.O.S. Sacolas! Mas mesmo assim não era o suficiente.

Em um dia quando resolvi tirar um tempinho pra mim, voltei no campus onde fiz faculdade à convite de uma ex-prof para assistir um seminário de Arte/Educação. Lá conheci o projeto que uma prof. realizou em um arroio de nossa cidade. Ela era prof. de artes e fora do horário escolar organizava as tribos da cidadania da parceiros voluntários. A iniciativa deles cresceu tanto que até a empresa que recolhe lixo na cidade colaborou. Juntaram não sei quantas toneladas de lixo que estava no arroio.

Como eu conhecia essa prof., no final da palestra fui parabenizá-la pela iniciativa e já aproveitei para comentar o que eu havia descoberto e que ao ver o trabalho dela pensei em pedir ajuda para os tais “tribeiros”.

No dia seguinte ela me apresentou via e-mail para a coordenação dos parceiros voluntários de Caxias do Sul. Eles adoraram a idéia. Mobilizaram 5 escolas e em nem um mês conseguiram quase 1000 sacolinhas pra mim. Só assim foi possível selecionar tamanhos, cores e texturas de sacolas para deixar minha escultura com uma aparência bacana.

Como agradecimento, esse ano dei algumas oficinas pra esses alunos que recolheram as sacolinhas.

Contato da Greice de Barba

E-mail profissional: greicearte@hotmail.com
Celular (54)9141-9445

fonte: http://rodrigobarba.com/blog/2009/10/27/croche-com-sacolas-plasticas/

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