sábado, 4 de maio de 2013

A ARTE NO OFÍCIO!!!! - RENDA DE BILROS

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Renda de Bilro

Não é conhecida a origem da renda de bilros. Sabe-se que povos muito antigos usavam tecidos cujo aspecto se assemelhava a renda e que se presume fossem elaborados de forma semelhante à renda atual.
Admite-se que os Fenícios podem ter sido agentes divulgadores das rendas, através das suas trocas comerciais e, portanto, também ao longo da costa marítima portuguesa, onde estabeleciam contactos privilegiados.
Inicialmente a renda era limitada ao figurino utilizado na corte e entre os membros do clero, normalmente em tecidos de fio de prata, de ouro ou de seda.
Nos séculos XVII e XVIII ela já se estendia aos detalhes de acessórios criados para enfeitar os cabelos, a babados, aventais e adornos de vestidos.
A renda desembarcou em nosso país, junto com a família real portuguesa, e nunca mais abandonou as terras tropicais. As primeiras rendeiras surgiram na região nordeste do Brasil; elas elaboravam tramas confeccionadas com linho. Aos poucos este ofício, transmitido de mães para filhas, passou a ser exercitado com matérias-primas como algodão, seda, viscose, náilon e elastano.
 
 
Este tecido é elaborado com pequenas aberturas na superfície e desenhos decorativos produzidos manual. É um trabalho formado pelo cruzamento sucessivo ou entremeado de fios têxteis, executado sobre o pique e com a ajuda de alfinetes e dos bilros.
 
O pique é um cartão, normalmente pintado da cor açafrão para facilitar a visão por parte da executante, onde se decalcou um desenho, feito por especialistas e em papel quadriculado, cuja origem está na criatividade da autora, que por vezes recorre à estilização de objetos naturais como as flores e animais. Os alfinetes fixam o trabalho ao pique e são colocados em furos estrategicamente efetuado no desenho base.
 
 
 
O bilro é um artefato de madeira em forma de pera alongada onde é enrolada a linha (fio têxtil) que vai sendo descarregada à medida que o trabalho avança. Todo o trabalho é executado com o auxílio de uma almofada cilíndrica, onde ela anexa o papel do molde da renda e os bilros com suas respectivas linhas., onde é fixado o pique, que, por sua vez, está pousada sobre um banco de madeira cuja forma permite a fácil alteração da posição da almofada, que roda sobre si, enquanto permita uma posição cômoda a quem executa. Atenção: Se cair no chão, embola tudo e não tem mais jeito.
 
 almofada ou rebolo de pano grosso, recheado por palha ou algodão e coberto por um saco feito de tecido fino -  "tics" e "tacs" dos bilros, barulho característico do contato entre os objetos feitos de madeira.
 
No princípio do século XIX a renda já era algo usualmente presente em vestidos, casacos, luvas, enfeites de guarda-sóis, lenços, xales, mimos, mantilhas lançadas sobre os ombros, entre outras peças do vestuário. Como hoje, em pleno século XXI, quando ela é encontrada nos pormenores do figurino feminino.
 
Independentemente de onde a renda de bilros tenha sido originada, com certeza é um belo trabalho que as rendeiras de nosso país realizam, e que com certeza merece prestígio por ser um artesanato tão fino como é.
A renda de bilro já faz parte da história do Brasil.
 
  
 
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