Resiliência (psicologia)
A psicologia tomou essa imagem emprestada da física, definindo resiliência como a capacidade do indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse, etc. - sem entrar em surto psicológico. No entanto, Job (2003) que estudou a resiliência em organizações argumenta que a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém se depara com um contexto de tomada de decisão entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer.
Tais conquistas, face essas decisões, propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano, condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.
Já o pesquisador George Souza Barbosa entende a resiliência como um amálgama de sete fatores: Administração das Emoções, Controle dos Impulsos, Empatia, Otimismo, Análise Causal, Auto Eficácia e Alcance de Pessoas (Barbosa, 2006).
Refere-se em relação ao fator Administração das Emoções à habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse. Ressalta que pessoas resilientes quanto a esse fator são capazes de utilizar as pistas que lêem nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a auto regulação. Segundo esse autor, quando esta habilidade é rudimentar as pessoas encontram dificuldades em cultivar vínculos, e, com freqüência desgastam no âmbito emocional aqueles que quem convivem em família ou no trabalho.
Um segundo fator é o Controle de Impulsos, que se refere à capacidade de regular a intensidade de seus impulsos no sistema muscular (nervos e músculos). É a aprendizagem de não se levar impulsivamente para a experiência de uma emoção. O autor explicita que as pessoas podem exercem um controle frouxo ou rígido do seu sistema muscular, sendo que esses sistemas estão vinculados à regulação da intensidade das emoções. Dessa forma, a pessoa poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O Controle de Impulso garante a auto-regulação dessas emoções, ou a possibilidade de dar a devida força à vivência de emoções.
Um terceiro fator é Otimismo. Nesse fator ocorre na resiliência a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos.
Um outro fator é a Análise do Ambiente. Barbosa menciona que se trata da capacidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presente no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro, ao invés de se posicionar em situação de risco.
A Empatia é o quinto fator que constitui a Resiliência, significando a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos). Barbosa descreve que é uma capacidade de decodificar a comunicação não verbal e organizar atitudes a partir desta leitura.
Auto Eficácia, é o sexto fator que se refere à convicção de ser eficaz nas ações proposta. Barbosa argumenta que é a crença que alguém tem de que resolverá seus próprios problemas por meio dos recursos que encontra em si mesmo e no ambiente.
O sétimo e último fator constituinte da Resiliência é Alcançar Pessoas. É a capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas, sem receios e medo do fracasso. Barbosa reforça que é a capacidade de se conectar a outras pessoas com a finalidade de viabilizar a formação de fortes redes de apoio.
Barbosa defende que tais fatores quando agrupados propiciam a superação da adversidade relacionada ao sentido da vida, no próprio resiliente e no seu próximo e é essa aglutinação que possibilita o produto da maturidade emocional. Todos esses fatores podem ser mensurados e o instrumento validado para isso foi o “Questionário de Índice de Resiliência: Adultos - Reivich – Shatté / Barbosa” (2006).
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A professora de pedagogia, surpreendeu a sua classe quando perguntou abruptamente: “Quem sabe o que é resiliência?” Houve, naturalmente, um silêncio e acentuada curiosidade em relação a esse vocábulo aplicado à pedagogia.
É opinião unânime entre intelectuais ser o termo resiliência, não muito usado no Brasil, embora seja comum na Europa e nos Estados Unidos. Houaiss assim define o substantivo resiliência: “propriedade que alguns corpos apresentam a uma deformação elástica; capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças”; o adjetivo resiliente, “saltar para trás, ser impelido, relançado; pelo inglês, ‘resilient’ (1674), elástico; com rápida capacidade de recuperação”. Apresenta, também, a conotação de resistência de materiais na área da Engenharia, Física e Odontologia. Hoje, resiliência é polivalente em diversas áreas, especialmente na Psicologia e Pedagogia, na dimensão da flexibilidade de adaptações, etc..
Estudiosos desenvolveram rigorosa pesquisa com 72 crianças, 42 meninas e 30 meninos, envolvidas em pobreza, baixo peso no nascimento e muitas com pais alcoólatras. Para surpresa dos pesquisadores, nenhuma dessas crianças desenvolveu problemas de aprendizagem ou de comportamento, o que foi considerado, então, sinal de adaptação ou ajustamento. Por tal constatação, as crianças foram consideradas “resilientes”, o que seria igual à “invulnerabilidade às adversidades”.
Praticamente, todas as áreas do saber humano requerem muita resiliência. Imaginar uma professora na sala de aula e, de repente, levanta-se um aluno e se assenta na mesa onde também coloca o seu revólver e diz: “Hoje aqui não há aula!” Semelhante situação é a de um aluno colando numa prova e, quando o professor se aproxima, esse suspende a camisa e lhe mostra uma arma. Somando-se a isso, há, ainda, o baixo salário do professor e a falta de recursos pedagógicos. O professor é obrigado a conviver com o mundo cão de uma sociedade em decadência e suas imprevisibilidades, exigindo mais jogo de cintura dele ou maior capacidade de resiliência.
ANDRIZOMAI: Apesar do encanto neo-acadêmico com o vocábulo resiliência, como diz o Livro Sagrado “nada é novo debaixo do céu”. No ano 55 d.C., o Apóstolo Paulo disse: “Portai-vos varonilmente, fortalecei-vos”, I Coríntios 16:13. Faz-se presente o vocábulo grego ‘andrizomai’, com o sentido inicial de “conduzir-se corajosamente”. Figuradamente, quer dizer: “Parem de agir como criancinhas e comecem a ter atitudes de adultos”. O filósofo Aristóteles usava essa palavra apontando “a coragem que ele descreve como o meio termo entre o temor e a confiança” (Ética a Nicômano). Nos papiros, ‘andrizomai’ era uma exortação: “Portanto, não temam, mas sejam corajosos como homens”.
O Duque de Wellington veio a ser chamado de o “Duque de Ferro”. No forte combate de Waterloo, comandando as forças britânicas contra as de Napoleão, suas tropas estavam a ponto de retroceder, pedindo os seus oficiais autorização para o toque de retirada. O Duque de Ferro respondeu: “Meu plano é simplesmente agüentar firme até ao último homem”. Surpreendentemente, a Batalha de Warteloo foi ganha pelo homem de ferro que não se entregou em momento algum. Isso é resiliência; isso é andrizomai!
postado por NAIR MENEZES - foto: Bisa Arminda e sua 4ª geração-netinha Amanda.
Cursei Terapia Comunitária com Dr Adalberto Barreto e a matéria que mais me impressionou foi a resiliencia.
ResponderExcluirEm minhas palestras, o assunto é destaque.
É incrível como a verdade do assunto está em cada um de nós.
Parebéns pela colocação.
Honorival@yahoo.com.br
Gd. Abraço Honorival.
ResponderExcluir