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"Toda vez que cuidava dessas mulheres era a mim mesma que cuidava. Toda vez que escutava suas inquietações era a mim mesma que escutava.
Na Terapia Comunitária encontrei respostas sem ser necessário elaborar perguntas. Elas tocavam no meu coração como uma flecha certeira no alvo.
Acolhi meus medos, minhas ansiedades, verifiquei meu caminhar profissional e iluminei meu crescimento pessoal.
Juntas choramos, sorrimos, nos abraçamos, gestamos sonhos, dúvidas, certezas e incertezas.
Aprendi a dividir saberes com vocês, as quais julgava ser despossuídas de conhecimentos. Revitalizei energias e fé ao somar forças com cada uma de vocês.
Mergulhando nesse inesperado, me encontrei, conheci a mim mesma através da alteridade.
A cada palavra, a cada gesto, promovia-se em mim uma attude inclusiva, aflorava sentimento de pertencimento da dimensão do Humano, tão pragmentado nos muros das Universidades e da sociedade Capitalista.
Dentro de mim buscava o que estava fora, o Outro, e fluiu o elemento da união, a terapeutica do cuidado Terapia Comuntária.
Nesse reencontro do meu ser, pude aliviar inquietações cotidianas, despertar nestas mulheres a cura, já que era a mim mesma que eu curava do desamor, da competição.
Adquiri a consciência de que tinha necessidade de construir o coletivo, revitalizei minhas percepções, e aprendi com a experiência de cada uma. Agregei valores, inclui saberes, inclui pessoas, enfim...... me recriei!.
*Maria Albertina
Terapeuta Comunitária no presídio feminino
lindo... honesto, simples e libertador...
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